2021 foi um ano conturbado para todos: novas variantes da COVID-19, aumento nas taxas de juros, inflação, crise hídrica e falta de matéria prima.

Para o início de 2022 não se espera diferente. O Banco Central, para este ano, já expôs uma elevação nos juros para 11,75% a.a.. A SELIC tenderá a permanecer em alta, reduzindo-se para 8% a.a. até o final de 2023*.

A que se deve esta alta dos juros? 
A alta de 2021 ocorreu na tentativa de reduzir a inflação, com fechamento de 10,03% (IPCA) em 2021, bem acima da meta estipulada pelo Banco Central de 3,75%**. Muitos economistas são contra este pacote de medida, visto que o aumento dos juros tende a frear a economia devido ao aumento das taxas de crédito.

A alta da inflação foi impulsionada pela grande demanda somada com a falta de matéria prima em escala global. No quarto trimestre de 2020 muitos países passaram pela chamada "recuperação em V da economia", elevando repentinamente a demanda por aço, minério, componentes eletrônicos, etc. Como a maioria das minas e fábricas estavam de LockDown ou com a produção reduzida (devido ao Corona Virus), iniciou-se uma falta generalizada de produtos no mercado, elevando consequentemente o preço dos mesmos.

Montadoras e fabricantes de motores esperam uma normalização da produção apenas no 2º semestre de 2022, após novo incentivo na fabricação de semi condutores, principal componente responsável por travar a produção em 2021***.

Aumento na demanda de Geradores
No caso específico dos geradores de energia, além da "recuperação em V" a demanda foi alavancada pela crise hídrica no Brasil. Pelo fato da matriz energética brasileira ser em grande parte de hidrelétricas, muitos recorreram à compra de geradores por medo de apagões e aumentos na conta de luz (o gerador, utilizado no horário de ponta, permite economia de até 30% na conta de energia).

Para 2022 a demanda tende a continuar elevada, impulsionada pelos investimentos das grandes indústrias adiados em 2020 e 2021 pela pandemia.

Quanto ao nível dos reservatórios o cenário é incerto. Não basta chuvas intensas, é necessário que as mesmas ocorram nos lugares apropriados, próximas às nascentes dos rios e represas. O melhor a fazer é se preparar e investir em fontes confiáveis de energia.

"No ano passado (2021) tivemos muitos problemas com a grande demanda e falta de motores. Os prazos para entrega estão ficando cada vez maiores, e a perspectiva não é de melhora. Quem demorar para comprar pode ficar semanas na fila de espera" - explica Márcio Martins, Diretor Industrial da GERAFORTE.

"2021 foi um ano com lados positivos e negativos. De um lado crescemos bastante, aumentamos nossa produção e fortificamos nossa assistência técnica e time de vendas. Por outro faltou material para produção" - comenta Denancir Filipin, Diretor Comercial da GERAFORTE.

"De forma a atender todo o mercado aprimoramos nossa política de vendas e estoque. O objetivo é manter a qualidade e reduzir os prazos de entrega, sem que isso afete no preço do produto. Creio que estamos fazendo um bom trabalho, não é a toa que crescemos mais de 30% ao ano" - complementa Denancir.

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*www.agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia
**www.valorinveste.globo.com/mercados/brasil-e-politica
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