9 Abr 2025 | Geraforte

Manual para Escolha e Instalação de Geradores Industriais

A instalação de geradores em ambientes industriais exige mais do que a simples aquisição de um equipamento de backup. Trata-se de uma decisão estratégica que envolve análise técnica, dimensionamento preciso e integração adequada à infraestrutura elétrica existente.

Este manual reúne os principais critérios para escolher e instalar um gerador industrial com segurança, eficiência e previsibilidade operacional.

1. Quando um gerador é necessário?

Empresas que não podem interromper suas operações por falhas no fornecimento da rede elétrica precisam de geradores para garantir a continuidade dos processos. Isso inclui:

  • Ambientes com produção ininterrupta (turnos 24/7)
  • Atividades críticas como hospitais, data centers, supermercados, fábricas e canteiros de obras
  • Instalações localizadas em áreas com instabilidade no fornecimento
  • Operações com cargas de partida elevadas e picos de consumo imprevisíveis

Entre outros.

2. Cálculo da demanda energética

Antes de especificar qualquer gerador, é indispensável realizar o dimensionamento da demanda elétrica da empresa. Isso inclui:

  • Potência nominal dos equipamentos (W ou kW)
  • Tempo de uso diário e frequência mensal
  • Fator de simultaneidade entre cargas operantes
  • Demanda total estimada em kWh e potência aparente (kVA)

Use a fórmula básica para consumo:
 kWh = (Potência × Horas/dia × Dias/mês) ÷ 1.000

Para geradores, utilize a potência aparente:
 kVA² = kW² + kVAr²

Considere sempre uma margem de segurança entre 20% e 30% sobre o valor calculado, para absorver picos de carga e futuras expansões.

3. Como escolher o gerador ideal

A escolha do gerador deve considerar os seguintes critérios:

Tipo de aplicação

  • Emergência: funcionamento apenas em falhas da rede
  • Backup temporário Prime suporte em horários de pico ou manutenção programada
  • Operação contínua (prime): uso diário, inclusive como fonte principal

Tipo de carga

  • Resistiva: iluminação, aquecedores
  • Indutiva: motores, compressores, sistemas de climatização
  • Cargas críticas: equipamentos que não podem sofrer variação de tensão ou frequência

Fator de potência (FP)

Considere o FP médio da instalação (geralmente entre 0,8 e 0,95) para converter o consumo real (kW) na potência total necessária (kVA).

Tipo de alimentação

  • Monofásico, bifásico ou trifásico, conforme a instalação
  • Verifique a tensão de operação: 127 V, 220 V, 380 V, 440 V etc.

Combustível

  • Diesel: mais comum em aplicações industriais por robustez e autonomia
  • Gás natural: alternativa para empresas com acesso à rede de gás encanado
  • Outros (biocombustíveis, híbridos): dependendo da política ambiental ou estratégia de sustentabilidade
     

4. Especificações técnicas a considerar

  • Capacidade nominal em kVA e kW
  • Frequência (60 Hz no Brasil)
  • Tempo de resposta para acionamento automático (caso use ATS)
  • Nível de ruído e necessidade de enclausuramento acústico
  • Capacidade do tanque de combustível e autonomia de operação
  • Sistema de partida (manual ou automático)
  • Compatibilidade com sistemas de paralelismo (geradores múltiplos)
  • Recursos de monitoramento e telemetria
     

5. Instalação do gerador: pontos críticos

A instalação deve seguir rigorosamente normas técnicas (como a NBR 5410) e ser conduzida por profissionais habilitados. As etapas incluem:

Local de instalação

  • Área ventilada, coberta e protegida de intempéries para o caso de grupos geradores abertos
  • Piso nivelado e resistente a vibrações
  • Afastamento seguro de muros e estruturas inflamáveis
  • Acesso fácil para abastecimento e manutenção

Infraestrutura elétrica

  • Quadro de transferência automática (ATS) ou manual
  • Proteções contra surtos, curtos e sobrecargas
  • Aterramento eficiente
  • Disjuntores adequados à capacidade de geração

Combustível e exaustão

  • Reservatório com capacidade para pelo menos 8 a 12 horas de operação contínua - com a GERAFORTE seu gerador de energia já sai de fábrica com tanque de combustível.
  • Sistema de exaustão dimensionado para o motor e com saída segura
  • Avaliação da ventilação forçada, se necessário

6. Operação e manutenção

A confiabilidade do gerador depende de uma rotina de operação padronizada e manutenções preventivas. Recomenda-se:

  • Testes semanais com carga;
  • Monitoramento de temperatura, óleo, combustível e tensão;
  • Substituição periódica de filtros e lubrificantes;
  • Registro de funcionamento e eventuais falhas
     

7. Integração com sistemas de gestão energética

Empresas com alta complexidade energética podem integrar o gerador a um sistema de gestão (EMS), permitindo:

  • Monitoramento remoto do desempenho;
  • Detecção de falhas em tempo real;
  • Acompanhamento da eficiência energética e consumo durante picos;
  • Tomada de decisão baseada em dados operacionais

A escolha e instalação de geradores industriais exigem um olhar técnico e estratégico. Mais do que um equipamento de contingência, o gerador deve ser parte do sistema elétrico integrado, pronto para garantir a continuidade da operação sem comprometer a segurança e a eficiência.

Antes de investir, faça um diagnóstico completo da demanda, defina o perfil de uso e conte com o apoio de especialistas para especificação e instalação.


 


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