Manual para Escolha e Instalação de Geradores Industriais
A instalação de geradores em ambientes industriais exige mais do que a simples aquisição de um equipamento de backup. Trata-se de uma decisão estratégica que envolve análise técnica, dimensionamento preciso e integração adequada à infraestrutura elétrica existente.
Este manual reúne os principais critérios para escolher e instalar um gerador industrial com segurança, eficiência e previsibilidade operacional.
1. Quando um gerador é necessário?
Empresas que não podem interromper suas operações por falhas no fornecimento da rede elétrica precisam de geradores para garantir a continuidade dos processos. Isso inclui:
- Ambientes com produção ininterrupta (turnos 24/7)
- Atividades críticas como hospitais, data centers, supermercados, fábricas e canteiros de obras
- Instalações localizadas em áreas com instabilidade no fornecimento
- Operações com cargas de partida elevadas e picos de consumo imprevisíveis
Entre outros.
2. Cálculo da demanda energética
Antes de especificar qualquer gerador, é indispensável realizar o dimensionamento da demanda elétrica da empresa. Isso inclui:
- Potência nominal dos equipamentos (W ou kW)
- Tempo de uso diário e frequência mensal
- Fator de simultaneidade entre cargas operantes
- Demanda total estimada em kWh e potência aparente (kVA)
Use a fórmula básica para consumo:
kWh = (Potência × Horas/dia × Dias/mês) ÷ 1.000
Para geradores, utilize a potência aparente:
kVA² = kW² + kVAr²
Considere sempre uma margem de segurança entre 20% e 30% sobre o valor calculado, para absorver picos de carga e futuras expansões.
3. Como escolher o gerador ideal
A escolha do gerador deve considerar os seguintes critérios:
Tipo de aplicação
- Emergência: funcionamento apenas em falhas da rede
- Backup temporário Prime suporte em horários de pico ou manutenção programada
- Operação contínua (prime): uso diário, inclusive como fonte principal
Tipo de carga
- Resistiva: iluminação, aquecedores
- Indutiva: motores, compressores, sistemas de climatização
- Cargas críticas: equipamentos que não podem sofrer variação de tensão ou frequência
Fator de potência (FP)
Considere o FP médio da instalação (geralmente entre 0,8 e 0,95) para converter o consumo real (kW) na potência total necessária (kVA).
Tipo de alimentação
- Monofásico, bifásico ou trifásico, conforme a instalação
- Verifique a tensão de operação: 127 V, 220 V, 380 V, 440 V etc.
Combustível
- Diesel: mais comum em aplicações industriais por robustez e autonomia
- Gás natural: alternativa para empresas com acesso à rede de gás encanado
- Outros (biocombustíveis, híbridos): dependendo da política ambiental ou estratégia de sustentabilidade
4. Especificações técnicas a considerar
- Capacidade nominal em kVA e kW
- Frequência (60 Hz no Brasil)
- Tempo de resposta para acionamento automático (caso use ATS)
- Nível de ruído e necessidade de enclausuramento acústico
- Capacidade do tanque de combustível e autonomia de operação
- Sistema de partida (manual ou automático)
- Compatibilidade com sistemas de paralelismo (geradores múltiplos)
- Recursos de monitoramento e telemetria
5. Instalação do gerador: pontos críticos
A instalação deve seguir rigorosamente normas técnicas (como a NBR 5410) e ser conduzida por profissionais habilitados. As etapas incluem:
Local de instalação
- Área ventilada, coberta e protegida de intempéries para o caso de grupos geradores abertos
- Piso nivelado e resistente a vibrações
- Afastamento seguro de muros e estruturas inflamáveis
- Acesso fácil para abastecimento e manutenção
Infraestrutura elétrica
- Quadro de transferência automática (ATS) ou manual
- Proteções contra surtos, curtos e sobrecargas
- Aterramento eficiente
- Disjuntores adequados à capacidade de geração
Combustível e exaustão
- Reservatório com capacidade para pelo menos 8 a 12 horas de operação contínua - com a GERAFORTE seu gerador de energia já sai de fábrica com tanque de combustível.
- Sistema de exaustão dimensionado para o motor e com saída segura
- Avaliação da ventilação forçada, se necessário
6. Operação e manutenção
A confiabilidade do gerador depende de uma rotina de operação padronizada e manutenções preventivas. Recomenda-se:
- Testes semanais com carga;
- Monitoramento de temperatura, óleo, combustível e tensão;
- Substituição periódica de filtros e lubrificantes;
- Registro de funcionamento e eventuais falhas
7. Integração com sistemas de gestão energética
Empresas com alta complexidade energética podem integrar o gerador a um sistema de gestão (EMS), permitindo:
- Monitoramento remoto do desempenho;
- Detecção de falhas em tempo real;
- Acompanhamento da eficiência energética e consumo durante picos;
- Tomada de decisão baseada em dados operacionais
A escolha e instalação de geradores industriais exigem um olhar técnico e estratégico. Mais do que um equipamento de contingência, o gerador deve ser parte do sistema elétrico integrado, pronto para garantir a continuidade da operação sem comprometer a segurança e a eficiência.
Antes de investir, faça um diagnóstico completo da demanda, defina o perfil de uso e conte com o apoio de especialistas para especificação e instalação.
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